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Janeiro Branco e Roxo
Por que Janeiro?
O Janeiro Branco é uma campanha nacional dedicada à promoção da saúde mental e emocional. Inspirada por movimentos como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, a iniciativa foi criada em 2014 pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão. Seu objetivo é sensibilizar a população para a importância do bem-estar psicológico e estimular a busca por cuidados especializados quando necessários.
O primeiro mês do ano é simbolicamente associado a recomeços, reflexões e novos projetos. A escolha do nome “Janeiro Branco” remete à ideia de uma “folha em branco”, incentivando as pessoas a reescreverem suas histórias e priorizarem a saúde mental. Segundo o criador da campanha, “o mês é um convite para que cada pessoa reflita sobre suas emoções e relacione-se melhor consigo mesma”.
A Relevância da Campanha
Dados recentes mostram que o Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, com 9,3% da população afetada, o que equivale a cerca de 18 milhões de brasileiros. A depressão também é uma preocupação crescente, agravada pelo impacto da pandemia de COVID-19, que levou a um aumento de 25% nos casos de transtornos mentais no país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O Janeiro Branco é um momento oportuno para fomentar debates sobre a saúde mental e reduzir o estigma que ainda cerca as doenças emocionais. É uma campanha que incentiva a prevenção e o tratamento adequados”, afirma o psiquiatra Caio Gibaile, especialista em transtornos de ansiedade e depressão.
Como Buscar Ajuda
A saúde mental é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). Diversos serviços gratuitos estão disponíveis:
- Unidades Básicas de Saúde (UBS): O primeiro passo é buscar atendimento com um clínico geral na UBS mais próxima, que pode encaminhar o paciente a um psicólogo ou psiquiatra.
- Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Esses centros oferecem atendimento especializado com equipes multidisciplinares e são organizados por faixa etária e demandas específicas, como o CAPS Infantil (CAPSi) e o CAPS para usuários de álcool e drogas (CAPSad).
- Clínicas-Escola de Psicologia: Universidades que oferecem cursos de Psicologia dispõem de clínicas-escola, onde alunos supervisionados por professores realizam atendimentos gratuitos ou a preços acessíveis.
- Centro de Valorização da Vida (CVV): O CVV disponibiliza apoio emocional 24 horas por meio do telefone 188 ou pelo chat online no site oficial.
Cristiano Nabuco, psicólogo e pesquisador da USP, reforça: “Identificar sinais de sofrimento emocional é essencial. Mudanças de comportamento, como isolamento ou alterações no sono, são indicativos de que algo não está bem. Buscar ajuda especializada pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada”.
Ação Interna no CETENE
Como parte de nossas atividades no Janeiro Branco, o CETENE promove na sexta-feira (17), palestra especial para o público interno, intitulada: “Do jeito de CAPS gosta? – Desmistificando o Serviço de Saúde Mental”. A palestrante convidada Renata Lopes de Souza, Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Renata possui ampla experiência em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e atualmente é servidora pública nos municipios do Recife e Paulista (PE). A palestra aborá os desafios e oportunidades no atendimento à saúde mental, promovendo reflexões e esclarecimentos para os participantes.
Conclusão
O Janeiro Branco é mais do que uma campanha; é um movimento que nos convida a refletir sobre nossas emoções e a cuidar da saúde mental com a mesma dedicação que damos à saúde física. No CETENE, reforçamos a importância de iniciativas como esta para construir uma sociedade mais consciente e resiliente.
Janeiro Roxo :
Ao longo deste mês, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promove a campanha anual de combate à hanseníase, Janeiro Roxo, além da Semana H, de 16 a 23 de janeiro. O objetivo é conscientizar a população sobre a doença na cidade de São Paulo e intensificar o diagnóstico precoce e o tratamento.
Em 2022, foram diagnosticados 111 casos de hanseníase na cidade de São Paulo, segundo dados parciais registrados até 23 de dezembro. Em 2021, também foram 111 novos casos; em 2020, 99; em 2019, 120 e; em 2018, 130 novos casos da doença.
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do munícipio serão feitas ações de busca ativa para casos suspeitos de hanseníase, ações educativas junto à população de todas as regiões da capital, e a intensificação de exames para os contatos de pacientes diagnosticados com a doença, além dos exames dos casos suspeitos em geral.
Na Semana H haverá uma intensificação das ações da campanha nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) da cidade. As CRSs promoverão eventos em locais públicos de grande circulação de pessoas, como praças, estações de metrô e supermercados, para a ampla divulgação dos principais sinais e sintomas da doença e encaminharão os casos suspeitos para as UBSs de cada região.
“O objetivo das ações é prevenir e conscientizar a população sobre a doença, visando o diagnóstico rápido. Nossos profissionais de saúde da rede de atenção primária estão treinados e sensibilizados para o acolhimento e encaminhamento para as unidades de referência especializadas no tratamento da doença” afirmou a secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidade e Vigilância em Saúde, Sandra Sabino Fonseca.
Sobre a hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae (ou bacilo de hansen), que afeta a pele e nervos periféricos, e caracteriza-se pela alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos. A doença, que possui desenvolvimento lento, é transmissível e pode gerar deformações e incapacidades permanentes, se não for tratada.
Os principais sintomas da hanseníase são:
– Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
– Área de pele seca e com falta de suor; com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; com perda ou ausência de sensibilidade;
– Sensação de formigamento (parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber;
– Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés;
– Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que podem estar engrossados e doloridos;
– Úlceras de pernas e pés;
– Nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos;
– Febre, edemas e dor nas articulações;
– Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
Tratamento
O atendimento para a hanseníase é disponibilizado gratuitamente em todas as UBSs da cidade, que realizam consultas específicas para a detecção da doença e, quando ocorre a confirmação de um caso suspeito, este é encaminhado a uma unidade de referência em hanseníase (UR), para a confirmação diagnóstica, tratamento, avaliação de sequelas, acompanhamento e exame da rede de contatos do paciente.
Fonte: https://www.gov.br/cetene/pt-br/assuntos/noticias/janeiro-branco-uma-reflexao-sobre-a-importancia-da-saude-mental